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Dora

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Dora
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Segundo a mãe de Dora, na maternidade sua filha já expressava em seus olhos uma certeza que a acompanharia por toda a vida: “Ela nos olhava como se soubesse que precisava fugir”. Os anos passaram, Dora sumiu e agora a mãe da garota precisa justificar a um detetive as 15 mortes atribuídas à filha. Os leitores são apresentados à sua dificuldade de se relacionar com os colegas na escola, o medo que os vizinhos sentem dela e os vários incidentes que culminam nos eventos trágicos investigados pela polícia. Dora nasceu diferente das outras crianças. Ela não chora. Desde pequena, tragédias acontecem à sua volta e, enquanto cresce, tudo fica pior. Quinze pessoas estão mortas. De quem é a culpa? Assustadora, essa Dora. Dora não fala nada, desde bebê. Nunca chora. Ainda assim, sua mãe entende tudo – ou quase. Explicando melhor: a mãe de Dora entende quando a pequena tem fome e todas as demais necessidades. Mas não entende o medo que as babás têm de cuidar da filha. Afinal, é só uma criança. Com certeza, as cuidadoras é que não são muito boas. A mãe entende que a menina é reservada por ser uma criança especial. Mas não entende por que as pessoas se afastam de sua casa, com medo, tampouco por que a menina cresce e nunca fala, nem que sua criança possa ser a culpada do incêndio causado na festa de aniversário, que matou um menino. Ela entende como se comunicar com sua filha, agora pré-adolescente, apenas pelos sinais que a garota apresenta. Mas não entende que ela possa ter machucado outras crianças ou, muito menos, que seja culpada de matar pessoas que não desejavam a presença das duas no condomínio no qual viviam. A mulher entende que outros jovens possam ter sido cruéis com sua menina, pois, nessa faixa etária eles podem ser problemáticos. Mas não entende a absurda acusação de que ela tenha matado cinco desses jovens que a incomodavam. De lar em lar, cada vez mais isolada, a mãe de Dora entende que deve fazer de tudo para não perder sua filha. Mas, às vezes, tudo não é o suficiente. Lembrando o clima de filmes como Carrie, a estranha (1976) e Scanners (1981), dentre outros, Bianca Pinheiro deixa seu rastro de terror neste Dora, quadrinho lançado de forma independente, com apoio de colaboradores no site Catarse. Dosando bem texto e arte, precisa nos diálogos, com traço simples, limpo e expressivo, a autora brinca com as possibilidades do preto e branco para deixar pesada a atmosfera da HQ, em momentos tensos ou terrivelmente criativos, como o “parabéns a você” do segundo capítulo – imagine uma festa com crianças pequenas e todas começam a chorar copiosamente, sem motivo aparente, na hora de cantar a canção e assoprar as velinhas! A narrativa linear, em sua aparente simplicidade, só aumenta exponencialmente o drama da mãe ao longo da trama e de tantas mortes: culpada ou inocente? Caberá ao leitor decidir. Quadrinhista de mão cheia, com Dora, Bianca mostra outro lado de seu trabalho, após a publicação do ótimo álbum em quadrinhos infanto-juvenil Bear (Editora Nemo), lançado originalmente na internet e também participa do site A Vaca Voadora. Se os quadrinhos de terror são tradição longínqua da HQ nacional, impressiona uma estreia no gênero no qual se fuja dos principais clichês, atingindo em cheio o que deveria ser o mote de qualquer obra que se dispõe a entreter: contar uma boa história. Parece fácil? Não é.
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