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Transubstanciação

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Transubstanciação
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O universo de Lourenço Mutarelli é povoado por um incontável número de personagens que transitam por uma realidade paralela. Quando uma dessas figuras se distrai, é capturada pelas mãos do autor e aprisionadas no seu mundo de papel. Mutarelli escolhe, então, um momento crucial na vida desse "figurante" do ambiente ficcional e o carrega para uma transformação. Thiago, o protagonista de Transubstanciação, é o primeiro desses "infelizes" que foi parar nas mãos do desenhista para resolver um dilema da sua vida. Após passar 8 anos na cadeia, cumprindo pena por ter assassinado o próprio pai, Thiago volta à sociedade para encontrar alguém que lhe traga alívio da dor de existir. A história nasceu em um período de crises psicológicas, quando o autor também procurava alguém que amenizasse sua angústia e desesperança em relação à existência. Thiago foi o escolhido para protagonizar as experiências traumáticas que o artista então vivenciava. Nessa história, Mutarelli elabora como que um teatro catártico, alimentando-se de nanquim e folhas e mais folhas de papel, porque, quando está fazendo histórias em quadrinhos, expressa e comunica sua visão do outro mundo que o cerca, o real. As crises o confinaram e desencadearam um álbum literalmente biográfico, publicado em 1991 pela Editora Dealer, de J. Carlos, com a tiragem de 25.000 exemplares, e que se tornaria sua porta de entrada para o mercado editorial de quadrinhos no Brasil [6]. A angustiante desventura do herói Thiago rendeu ao artista o prêmio de Melhor História do Biênio, concedido pelo júri da I Bienal Internacional de Quadrinhos, realizada no Rio de Janeiro, em novembro de 1991. Em São Paulo, receberia ainda os prêmios Angelo Agostini, da AQC - Associação de Quadrinhistas e Cartunistas -, e o troféu HQ-MIX. Com Transubstanciação, Lourenço Mutarelli introduziu nos quadrinhos brasileiros uma nova maneira de se contar uma história. Caminhando à margem dos clássicos personagens de terror, eróticos ou infantis, o autor se firmou como grande talento literário das histórias em quadrinhos do país, como afirma o jornalista Ademir Assunção (1991, p.10A): Além do cinema, da pintura e dos quadrinhos, é evidente que Lourenço cultiva outro vício artístico: a literatura. Manipula habilmente os diálogos e as narrativas textuais, minando com astúcia as referências do leitor. O próprio texto de apresentação de Fábio Zimbres, num estilo entre Beckett e Gerturd Stein, não apresenta nada. Contribui para lançar os desavisados num redemoinho vertiginoso em direção ao lado escuro do cérebro.
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Editora no Brasil: Devir
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